O real mosteiro de Nossa Senhora da Conceição foi fundado pelos infantes D. Fernando, primeiro duque de Beja, e sua esposa, D. Beatriz, na segunda metade do Séc. XV, pais da rainha D. Leonor e do futuro rei D. Manuel I.
O museu foi construído a partir de um pequeno retiro de freiras, perto do palácio dos Infantes. Este convento pertencia à ordem de Santa Clara e a sua jurisdição era franciscana.
O seu aspecto ainda hoje tem influência do tardo-gótico em Portugal ou seja: o portal gótico flamejante da igreja; as janelas de duplo arco; platibanda rendilhada, que traduz a transição para o Manuelino.
A parte primária faz parte a Igreja, o Claustro e a Sala do Capítulo. A entrada é feita pela igreja a partir do Côro Baixo onde se destaca um pequeno túmulo da primeira abadessa do convento D. Uganda, com estilo gótico-flamejante.
A igreja de uma nave é entalhada em dourados do Séc. XVII e XVIII. Nela podemos observar altares dedicados a S. Cristóvão, S. Bento, S. João Evangelista e S. João Baptista; podemos encontrar, também, um túmulo em mármore de D. Fernando e seu Filho D. Diogo; no topo da nave encontra-se a capela mor, e ainda podemos observar três painéis de azulejos portugueses datados de 1741.
O claustro mantém a planta original do Séc. XV e é dividido em quatro galerias: A quadra de S. João Baptista, a quadra da Portaria, a quadra de S. João Evangelista, e a quadra de Nossa Senhora Rosário. Este testemunhou o cruzamento de vários contidos artísticos.
Na quadra de S. João Baptista, as paredes encontram-se ornamentadas com azulejos e o movimento predominante é o vegetalista. Observamos, também, a capela de S. João Baptista de tradição clássica maneirista datada de 1614.
Na quadra da portaria, onde na antiguidade se fazia a entrada para o convento, encontra-se ornamentada de azulejos Portugueses do SEC. XVII até meia altura.
A quadra S. João Evangelista, as paredes estão revestidas de azulejos sevilhanos de xadrez do SEC. XVI. Num dos topos encontra-se a capela dedicada a S. João evangelista e no oposto encontra-se o portal manuelino.
Na quadra do Rosário, as paredes estão revestidas até meia altura por azulejos portugueses do SEC XVII. Era por aqui que se estabelecia o contacto entre a Igreja e o Claustro. Neste espaço ainda podemos observar uma vasta colecção arqueológica.
A entrada para a sala do Capítulo é feita por um pórtico gótico do tempo de D. João II. Esta sala apresenta uma geometria quadrada com abóbada de arestas totalmente revestidas de azulejos, esta encontra-se até altura média, revestida de azulejos, e seus bancos também. Os painéis de azulejos formam padrões com desenhos coloridos e os seus azulejos são hispano-árabes quinhentistas.
A sala dos barões antigo espaço do convento, foi totalmente remodelado e nela podemos encontrar lajes tumulares e o antigo passadiço restaurado que ligava o convento ao palácio dos fundadores.
Neste momento, fazem parte do edifício as salas de pintura datadas de meados do SEC. XX e também dessa época é o primeiro andar onde se encontra a exposição arqueológica de Fernando Nunes Ribeiro.
Rainha D. Leonor


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